quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Publicar um texto é um jeito educado de dizer "me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu".

O que antes era o assunto mais temido, agora o mais comentado.
Tudo começa bem de repente, a gente leva um tombo pequeno,
daqueles que não caimos totalmente, depois sentimos um empurrão
querendo nos apresentar o chão, mais uma vez somos fortes o
suficiente para nos equilibrar. Mas ai basta uma brisa fraca e a
gente não aguenta o peso, a dor, a solidão e a saudade. E infelizmente,
nesse momento, a gente cai. O mais incrível é que sentimos que o que
menos queremos que aconteça, vai acontecer. A gente sente e sofre por
antecipação, ainda tem mais essa. O ser humano é mesmo muito estranho.
Era melhor sofrer só uma vez. Bastava. Mas ai o coração aperta, e aperta
muito, e o pressentimento que julgamos ruim se aproxima cada vez mais.
E da mesmo forma que tudo começou, de repente, também acaba.
O tombo não é tão grande, mas o choro é incalculável. Nos tornamos uma
criança quando não é ouvida, ou até mesmo quando esperneiam e fazem
birras. Realmente a gente volta a nossa infância. Aquele abraço da avó
que a gente recebia quando chegava da escola, hoje a gente quer pra
derramar as lágrimas. O pirulito que se ganha quando come todo o almoço,
e vale ressaltar que a felicidade é inconfundível, hoje a gente quer pra se
consolar. O cabelo que a gente não queria cortar, hoje fazemos questão
de fazer isso, só pra ver se a autoestima aumenta um pouco. Funciona,
mas por pouco tempo. Ele vai crescendo juntamente com sua dor. E é tão
inútil essas formas de tentar esquecer algo ou alguém. O único remédio são
os amigos, ou pelo menos aquelas pessoas que sabem te fazer sorrir. Quando
seus dentes são mostrados e aquela gargalhada é ouvida por todos, eu garanto
que naquele momento tudo que te aflingia e te preocupava foi embora, voou
para bem longe, e só voltará quando você estiver sozinho mais uma vez.
O problema está ai. A dor sempre volta. Aí você se pergunta: Então, ela nunca
vai embora, não é mesmo? Não, não é mesmo. Não a sol sem tempestade.
Então antes das melhores coisas da sua vida acontecer você precisa passar por
momentos imprevisíveis e sentimentalmente dolorosos, que te ajudem a crescer
psciologicamente e emocionalmente e que te deixem forte para enfrenter
outros nas próximas fases. Você precisa desses momentos pra poder dar valor
aos bons e aos que você sempre quer que se repitam. E não importa o quanto a
gente escreva tampouco o quanto a gente tente expressar tudo que sentimos e
até mesmo aquilo que se passa dentro de nós que ainda não descobrimos o nome.
Dizem que é amor, mas pra mim tem outro nome. Vou decifrá-lo. Enfim, não vai
importar também quem esteja com você, nem o que você estude. Não importa o
seu trabalho nem as horas que você passa na academia. Você nunca vai conseguir
expressar a dor e a saudade em palavras emprobrecidas. Você só quer uma presença,
uma única pessoa ao seu lado. E sempre vai ser aquela que menos vai estar com você.
A ausência vai ser sempre daquele que você mais ama, que você mais quer, que você
mais precisa, que você mais pensa, que você mais sente, e que você menos tem.
Nada muito entendível, nada muito explicável.